Defina amor

Defina o amor, em versos em prosa

Defina meus sentimentos em canção

Defina as magoas em as dores

Enfim, defina o meu coração

Sejamos sinceros, sim, seremos

Fui muito mais vezes magoado do que magoei

Fiz menos amores sofrer do que já sofri

Fiz poucas chorarem, é incrível o quanto chorei

Nos aniversários que fui, sinceramente não entendia

Se a cada ano que passa ficamos mais velhos

Mais um passo rumo ao destino, rumo a morte

E ainda fazemos festa, isso eu não entendia

Mas ai refleti, nos enganamos, tentando driblar medos

Fazemos festas, comemos bolo, sonhamos e cantamos

É uma maneira de tentar ludibriar a morte, a vida

Por isso, tentamos enganar, mas a nos mesmos enganamos

No amor, não há festa, menos ainda comemoração

Quem ama fica quieto tem receio, se fala e não ocorre

Ocorrem as perguntas, se ocorre, ocorre ciúmes e inveja

E se todos lutam contra, se não é verdadeiro morre

Não sei porque to falando de morte nesse poema

Queria definir o que é amor verdadeiro

Mas quando se ama verdadeira mente

Resiste a tudo, mesmo ao fim derradeiro

Debruço na janela e vejo a vida passar

Assim é o amor, vai passando na janela

Somos apenas espectadores

Que sofre, que vive, sonhos, amores

Tudo, toda canção faz menção ao amor

Cante uma poesia e sinta, mais amor

Se ama faça o teste, tente não se identificar

Quando ver pássaro beijando a flor

Então, amor, defina em mim

Pois bem, amor é meu sorriso

O quanto fico bobo, lembra

Fico bobo, do lado dela fico sim

Bobo de amor, bobo por alguém que me faz melhor

Poeta que se define bobo, como eu faço agora

Talvez seja mal compreendido, seja crucificado

Bobo, matem-me então, sou bobo, abobado nessa paixão

Amor, defina você mesmo amigo

Tenho tempo não, to sem tempo pra mim

Apenas tenho tempo pro amor que me deixa bobo

Sim, é o amor, que me deixa bobo assim

LEANDRO TAVARES
Enviado por LEANDRO TAVARES em 29/05/2011
Código do texto: T3000131