ARDIL DA SOLIDÃO
Pra que retornar à utopia,
beijar novamente a magia,
e trazer na solidão vazia,
aquela que partiu um dia...
Há tantos corações sozinhos
jogados ao tempo, nos caminhos
qual aves longe dos seus ninhos,
ou letras em velhos pergaminhos...
De que vale memorizar o ser amado
e guardar na alma algum passado,
quando se é em um canto jogado,
sonhando o amor no tempo ficado...
Quando se contam as horas de solidão,
se tem a certeza de ter vivido em vão,
e se espera carinhos que nunca virão,
com a alma chorosa de eterna paixão.