menina, onde você vai?
menina, onde você vai
com esse cabelo cacheado,
esse teu rebolado,
não tão acintoso,
mas que me conduz ao meu lado
mau, imoral, sensual, banal?
que tal ir lá pra casa,
ou subir a colina
para de lá de cima
me dar um tchau?
menina, teu vestido rodado
me convida a ser abusado
e querer beliscar-te as ancas
menina, por que não vamos
estudar lingüística
para criarmos o fonema do amor?
ou descritiva,
pra que eu fique pendurado na reta
procurando pelo ponto que seria
comum a nós dois?
menina, porque não vens comer
um feijão com arroz comigo
pra que eu chame isso de felicidade?