O AMOR QUE O DINHEIRO NÃO PODE COMPRAR
Do alto
Da minha prepotência
Pensei que o dinheiro
Pudesse comprar
Tudo o que eu quisesse,
Era só assinar o cheque
E mandar buscar.
Mas o destino
Quis zombar de mim!
E quando a paixão
Veio bater a porta
Desse orgulhoso coração
Não tive dúvidas,
Comprei de papel passado
O corpo da mulher
A quem tanto amava.
Foi terrível
O meu engano!
Desesperado percebo agora
Minha grande ilusão,
Pois tinha tudo
E ao mesmo tempo
Não tinha nada.
Tinha os beijos dela
Mas não eram meus
Os suspiros de saudade
Que por eles escapavam,
Era meu o seu corpo,
Mas não os arrepios
Do ardente desejo
Que ela sentia.
Era do meu lado
Que todas as noites
Ela se deitava
Tão bonita e perfumada,
Mas era por outro
Que os olhos dela
Vagavam perdidos
Pelas paredes do quarto.
E vejam só
A grande piada
Em que me transformei,
Pois mesmo podendo
Ter tudo o que eu quiser
Não posso ter
O que é meu.