OFERTÓRIO

Venho te ofertar tudo de mim

Como prova de um amor insano,

Chego pleno, ousado e assim

Não digas amor que sou leviano.

Comigo trago uma rosa carmim,

Roubei-a de alguém num ato profano

Se estou louco não importa, enfim

O que vale é o meu amor soberano.

Cuja história se ouvirá muito tempo depois,

Sã ou insano, tanto faz; amada, pois,

Venho te ofertar tudo aquilo que me resta:

Uma alma que ainda chora, geme, e grita

Um coração transido que se agita

Um peito ardente e a alma em festa.

henrique ponttopidan
Enviado por henrique ponttopidan em 27/05/2011
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