“Feição que fita”
“Feição que fita”
Carrego a dor de acreditar no amor sem
paz e sem que há cobiça.
Lampeja a flor mais bela, longe briga no
fatigado peito e atiça.
Tem cheiro de confusão maldita, minha
lógica nela não acredita.
Esconde a ferocidade instalada, me deseja,
“serifica” a feição que fita.
És a serpente e a estrela, és fonte de prazer,
clarifica a paixão que fica.
Mas tem bioco de uma nuvem negra já lhe
envolvendo, sua sina.
Parece um delírio ou ferrugem do ouro
que derrete a menina.
É meu conflito, dilema de flor bela vira flor
que murcha na retina.
Volta para o paraíso, estás a enlouquecer
de leve com brisa fina.
Vai ficar só o moço tosco que de ver o broto
descontrola e afina.
Adeus deslumbre da hora errada, não me
canso se me anima.
Vou me esconder da sarada e ousada fêmea,
meu santo abomina.
O NOVO POETA. (W.Marques).
http://poetadefranca.blogspot.com/