FULMINÂNCIA
Não houve tempo para estudos e compreensões
Antes que se dessem mínimas deduções, ações se consumaram
Degustações se desataram desde as primárias observações
E as sucessivas emoções com meras intenções não se conformaram!
Não foi preciso palco apropriado e nem discurso aliciador
Não houve conquista e conquistador, nem tese e nem razão
Foi algo que ardeu no coração qual fogo alastrador
Que pelo corpo evidenciou o que se justificou com inexplicação!
Nos sucos salivares da alma, uma fome desmedida em demasia
Uma sintonia que até mesmo prescindia das ondas atrativas
Signos de vias comunicativas, deixando claro tudo que queria
Sensação do muito que perdia nos segundos sem quaisquer iniciativas!
E o que se deu em decorrência não poderia ser de um outro modo
O solo enriquecido costuma retribuir com verdor e com fartura
O fim da noite escura ocorre quando o dia lhe recolhe em terno colo
Assim eu te recordo - tal como um raio de amor e de ternura!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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