PERDIDO POR AMOR
Há os que se perdem nos labirintos de si mesmos
Vagando por trajetos ermos, onde a razão enamorou-se da noite escura
No auge da autodesgovernada desestrutura, pairando em pesadelos
São da liberdade prisioneiros, em seu universo de loucura!
Há os que se perdem na magia lúdica da fantasia
Estão na tristeza e passeiam na alegria, buscam cura com doses de dores
São escravos e senhores de uma senzala que ignora alforria
São a guerra que pacificaria seus campos minados sonhadores!
Há os que se perdem na ambígua arbitrariedade da emoção
Procurando-se em vão, achando-se em suas perdas sucessivas
Suas jornadas intuitivas não passam de vazios em profusão
Perdidos no caos estão, numa prisão de condescendências restritivas!
E há, por fim, perdidos como eu, de todas as perdas que houverem
Que em nada se diferem do que a sentença desses versos decretou
Morando na calmaria do furor que há nas emoções que lhe ferem
Que nunca chegarão aonde lhes esperem, posto que já se perderam nas estradas do amor!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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