PERDIDO POR AMOR

Há os que se perdem nos labirintos de si mesmos

Vagando por trajetos ermos, onde a razão enamorou-se da noite escura

No auge da autodesgovernada desestrutura, pairando em pesadelos

São da liberdade prisioneiros, em seu universo de loucura!

Há os que se perdem na magia lúdica da fantasia

Estão na tristeza e passeiam na alegria, buscam cura com doses de dores

São escravos e senhores de uma senzala que ignora alforria

São a guerra que pacificaria seus campos minados sonhadores!

Há os que se perdem na ambígua arbitrariedade da emoção

Procurando-se em vão, achando-se em suas perdas sucessivas

Suas jornadas intuitivas não passam de vazios em profusão

Perdidos no caos estão, numa prisão de condescendências restritivas!

E há, por fim, perdidos como eu, de todas as perdas que houverem

Que em nada se diferem do que a sentença desses versos decretou

Morando na calmaria do furor que há nas emoções que lhe ferem

Que nunca chegarão aonde lhes esperem, posto que já se perderam nas estradas do amor!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2996489
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