FRIO DA ALMA
 
Durante o dia o sol apareceu,
mais a noite veio e começou a esfriar.
Esperei inutilmente que chegasses
para que nossa noite fosse perfeita.
O vinho na mesa, o jantar preparado,
fiquei olhando no relógio o ponteiro dos segundos,
parecia uma eternidade. E não viestes.
É impressionante como as horas não passam
quando eu fico a tua espera.
O tempo passou lentamente,
as horas foram passando... passando...
e eu sentado inutilmente esperando.
O frio foi tomando conta da noite,
meu corpo sentia um terrível frio,
resolvi então deitar e me aquecer.
Sob o edredom observava o vidro da janela
embaçado pelo orvalho da noite.
Levantei e com um dedo escrevi teu nome
na umidade da janela do quarto.
Deitei-me de novo e fiquei a olhar
que do teu nome escrito na umidade
escorriam gotas como se fossem lágrimas.
Encolhi-me carente sob o cobertor
sem, no entanto, conseguir adormecer.
Impressionante como o frio era diferente,
continuava mesmo com o corpo agasalhado,
porque o frio vinha da alma!
Era minha alma que sofria sem ti.
 
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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2996197
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