LÁGRIMA SILENCIOSA.
Sinto meus olhos vermelhos...
Talvez por tanto chorar...
Procurei com Deus Pai me consolar...
Perdoem meus versos tristonhos!
Estando de frente ao altar, de joelhos...
Tento sorrir, mas o riso não resiste.
Sai como um riso tristonho...
Transparecendo a dor que em mim insiste.
Rogo aos céus em prece ardente,
Que me dê forças neste momento,
Pois me sinto fraca e carente,
Ao vê-lo consumir-se em sofrimento.
Talvez ele não perceba que é eterna a nossa história.
Não realizamos, ainda, tudo que juntos sonhamos,
E nosso amor não é mera trajetória...
É duradouro, o tanto quanto nos amamos!
Assim sendo acredito na força do infinito,
Na fé que nos ampara e renova,
Que faz do nosso amor algo bonito,
Que nos testa e põe a prova...
Que faz um riso alegre, quando se chora na alma...
Esquecer-me de ti, jamais esqueço,
E por te ver sofrer, padeço...
Caem sobre mim, silenciosas, fracas e delicadas,
Enchendo estas linhas, de lágrimas e preces,
Pensamentos e palavras inspiradas,
Refazem-se nestes versos que enternece...
Esta poesia foi escrita, em 2008, após uma, das várias sessões de radioterapia, que meu marido teve que se submeter, hoje graças a Deus, conseguiu vencer a doença...