A profundeza do amor
O pesar de uma existência
Carregado de medo do porvir
É ainda um não existir.
Enfraquecido no marasmo do anoitecer
Sem os devidos créditos do entardecer.
A lua que se põe com a viúva
Enquanto o sol beija o horizonte
E em tudo observo o meu não adeus.
Enxugo às lagrimas com as nuvens
E percebo o quanto ainda lhe amo
Nem pouco, nem tanto apenas o necessário, o quanto.
Não me digas adeus, meus ouvidos não suportam ouvir.
Digas-me perdão com seu viver.
Para podermos celebrar no fim o não fim com os festejos.
Contemplar seus riscos reluzentes pelo brilho do sol
Na sua dança matinal, é desejo de vida.
Sentir seus pequenos lábios rosados tocando o meu, e o frescor de sua alma, é desejo de vida.
Por fim, neste desejo frenético, apaixonante não me digas não.
Apenas me ame
Me - ame como nunca amou e me deixe sentir seu corpo nu encostando ao meu.
Permita-me tocar sua pele com meu espírito e desejo.
E só me digas, não, se for para não parar.
Deixar me será não me abandonar.
E digas sim! Para eu entrar em ti, um sim para não ter fim.
Pois tudo isso é desejo de vida.