D A J A N E L A

Longa seria a história que narrasse a homenagem àquela criatura

Que de minha janela contemplo como se fosse uma escultura,

E desde então procuro um antídoto que me penitencie da tortura

De vê-la sempre bela, como se quizesse eternizar minha loucura.

Sempre me faltou a conciência que este pressagio é um favor Divino

Que a vida oferece e que chegou nesta etapa do meu destino.

Sem um sonho ou uma premonição que a ela dissesse que o peregrino

É seu VOYEURS que não quer perder o encanto do visual feminino.

Ainda não me preparei para o dia que chegar estes desenganos:

Se terei noutra janela o lenitivo para as ilusões de tantos anos,

Ou se ficarei só na saudade daquela impiedosa beleza natural,

Que de longe ocupa meu olhar, fixo à sua imagem,

Fazendo sonhar, esquiva mente,com breve viagem

Ao convivio mais próximo num encontro casual.

CRPOETA

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 26/05/2011
Reeditado em 26/05/2011
Código do texto: T2994425