O TOM DO AMOR...

(Aos Poetas Janet Zimmermann, Alessandra Horta, Paula Quinaud, Dôra Borges, Gilson Fubá e Paulo Carvalho)

A todos os poetas… Repleto de todo o bem.

Poemagitar... Verbo. Movimento.

Ação que tem cor… som… dor.

Amor vem e dá o tom. Sempre. Presente.

Presente generoso… doação. E canção - Escutas?

Tem letra… tem som – silêncio.

Zzzzzimmermann… Barulhinho das asas do pensamento.

Levita… leve pouso de borboleta na flor.

Ale… gria. Rima. De dor. De gritar. De ecoar na reflexão.

Na minha… identificação. Introjetar... incomodar e permutar.

De lugar. Os pensamentos. Desalinha… e acomoda o novo… outro pensar.

Revolução, ebulição… do ínfimo em nós. Do grande em nós. Humanos apenas.

Quinaud… Quando… i… alinha. Letras formam vasto pensamento.

E devasta. Campos e medos. Arrancam danos e plantam flores.

Lindos jardins… Melhores, enfim. No SER. No tentar EXISTIR.

Fala. Não cala o Poeta. Chora e canta o Poeta. Louco. Rouco… cansa. Descansa nas palavras.

Investe. Classifica tua dor. Teu amor. Tua cor.

Cor de fábulas… de sonhos… de lápis. Todas as cores!

Todas as formas, sexo, tamanho. Tudo misturado…

Suas maiores dores. Segredos. Desfaz em letras… Imaginação. Canção.

Fértil… Ventre sempre fértil quando há alma feminina…

Ou sêmen que espalha-se e fecunda mentes… reflexivas.

Apenas as que permitem-se refletir. Acaso não… que pena. Mas vale a “pena”.

Que flutua no universo de cada um que a sorve… ou apenas contempla.

Sem preferência. Preferindo todas as preferências.

E ser mutante. E desdizer o ontem. Contraponto. Inquietação presente. Sempre.

Se perder… mas não negar-se. Não negar. Ser gentil…

É um gentil o Poeta. Um sonhador. Que sabe orar… e acredita. Em quase tudo.

Até naquilo que lhe rouba a alma. Então chora. E faz poesia. Sua alma liberta!

Transforma em beleza de “filhos”… a dor. E doa os seus filhos da dor… do Amor.

Doa sonhos. Lágrimas. Doa seus melhores momentos. Nem sempre são os melhores.

Desilude e promete: “Dora… avante…!!” - Todos os dias - Não mais se dar.

Mas já desfaz. Na ação. No coração. Clas si ca men te…

A mente sempre. Emoção em ebulição. Constantemente. Mas nunca mente.

Apenas sente. Apenas Poeta. Tem classe diante da vida… que nem sempre tem classe.

Poemagitar… Mexer… Misturar a cor. O som. A dor.

Fazer angu. Misturar água/lágrima e Fubá. E Amor. E verbo.

De milho, de saudades, lembranças, (des)sabores.

Fazer amigos. Trabalhados… nos corações. Madeira de Lei… de Carvalho.

Linda madeira. Lindo poeta. Poetas… todos.

Loucos? … Um pouco. Sãos. São. Todos. Poetas apenas.

Parafrasear… De perto?... Ninguém é normal.

O que é SER normal?... Relatividade.

Do tempo. Da verdade e mentira. Do certo e errado.

Da Felicidade em seus parâmetros.

A própria VIDA é relativa.

O Poeta, não. Só quando escreve. Sempre. Mesmo quando apenas observa.

O poeta é inteiro. E quanto mais quebra-se por dentro… Mais ergue-se… Inteiro.

Fracionadamente inteiro. E tem cores. E ausência de cores também.

Mas apenas de cores. Mas pode ser de tudo… quando está vazio.

No limbo. Mas nunca vazio por inteiro.

Posso misturar… e colorir… e dar um tom… de AMOR?

Permitam-me brincar… de ser Poeta.

Karla Mello

Maio 2011

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 26/05/2011
Reeditado em 05/10/2017
Código do texto: T2993970
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