Cálice Virtuoso
Pela face,
Navegam os cristais serenos, impolutos
A essência virtuosa do cálice
Dando letra ao verso,
Quiçá de mágicos estros
No andar das carruagens
Entre outrem e hoje do sentimento!
Numa longa roupagem carmim
Ouço aqueles passos espalhando as pétalas,
Exalando perfume, trazendo nas mãos
Alquimia, lírios, avessos rutilos
Deslumbrando harmonia!
O silêncio é atenuante,
Como a onda deixando nas pedras
A versão insinuante do raio violeta
Mesclando alvéolos, mensurando
Cordas de uma viola
Instigando o verbo amor!
O grito vem do peito
Pequeno, aveludado, hidratado
Na simplicidade d’alma
Devaneando pelo vento norte,
Soprando pelas peles em ebulição,
Semeando pelo lábio, pelo teu lábio,
A esperança, a viagem sem solidão!
Auber Fioravante Júnior
25/11/2011
Porto Alegre - RS