Delírios

Meu ser instável como qualquer um,

Dividido em múltiplos caos,

Esperando alvo nenhum,

Vivendo do bem e do mal.

Mestre de coisa alguma,

Inspirando o nada em si,

Transformando, em suma,

Um mundo sem conduzir.

Fantasmas em volto manto,

Alargando a distância real,

Entre a faca cega do pranto

E alegria que corta o mal.

Espantaria os que me sabem,

Os fatos tais adormecidos,

Beirando os delírios tremem,

Loucamente estão renascidos.

Viverei, amarei, te terei,

Viverás, amarás. Ter-me? Quem sabe?

Saberei, saberás. Os delírios tremem.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 25/05/2011
Reeditado em 15/08/2011
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