Delírios
Meu ser instável como qualquer um,
Dividido em múltiplos caos,
Esperando alvo nenhum,
Vivendo do bem e do mal.
Mestre de coisa alguma,
Inspirando o nada em si,
Transformando, em suma,
Um mundo sem conduzir.
Fantasmas em volto manto,
Alargando a distância real,
Entre a faca cega do pranto
E alegria que corta o mal.
Espantaria os que me sabem,
Os fatos tais adormecidos,
Beirando os delírios tremem,
Loucamente estão renascidos.
Viverei, amarei, te terei,
Viverás, amarás. Ter-me? Quem sabe?
Saberei, saberás. Os delírios tremem.