PRINCESA DAS MARÉS
No meio das pedras calçadas
na rua de Paraty,
sandálias perdidas.
Será para ti,
não a Cinderela
dos contos infantis.
Será para aquela
com quem o Príncipe das Marés
quiser para si.
Chamar-se-á Dália,
a flor vermelha da magia?
Ou seu nome será Amália,
a mulher dos jardins suspensos de Babilônia?
Ou será Amélia,
a mulher, da canção, que era de verdade?
DÁLIA
AMÁLIA
AMÉLIA
Seja lá que nome tiver.
A sandália somente servirá
naquela que queira morar
nas profundezas azuis dos mares.
Retornará à terra firme
na época das altas marés.
Seu príncipe será rei
no reino das águas
de seu encanto, através.
MAR DE PALAVRAS REPLETAS DE SENTIDO.
L.L. Paraty, 17/01/2011
POEMA 183 – CADERNO: TÊNIS VELHO