Licença

21/03/2011

Perdoe o meu sentimentalismo

Sinto que já não sou a mesma

E como tal não discurso como outrora

E nem colocarei nesse poema

O que esperava ouvir, por isso me cobro

A mesma energia empregada

Em falares diversos de um passado

Cheio de verdade por mim negada.

Não venho pregar contra a tirania

E a hipocrisia de governantes medíocres

Que massacram e perseguem vidas

Tornando os tempos mais difíceis,

Ou a indiferença e comodismo de irmãos

Que se fazem de cegos e mudos

Tapando os ouvidos para não ouvirem

O choro de companheiros em apuros.

Venho falar do que hoje me atormenta

E por não ser algo tão nobre e justo

Peço desculpa por minhas palavras,

Pois continuarei, mesmo sem achar que devo seguir em curso.

Peço licença para falar sobre a dor

Que no momento me Poe em desgraça

Tira a minha alegria e me abate

Fazendo-me ver o quanto a vida pode ser ingrata.

Para falar de sentimentos tristes e frios

Que me machucam e me fazem desejar

Ser tão insensível quanto uma máquina

Para que nada pudesse me ferir ou abalar.

Venho expor as angústias de um peito desgostoso

Cansado de desilusões e sofrimento

Cheio de cicatrizes e está mais uma vez ferido

Tendo como remédio somente o tempo.

Desculpe tanta melancolia

Mas estou num momento de sofrer profundo

Ensimesmada com minha tristeza e solidão

Não quero saber se há guerras pelo mundo

Quero apenas dividir essa maldita tristeza

Não me preocupar com os problemas do homem

Pois também enfrento conflitos internos

E de amor nesse momento tenho fome.

Patricia Teixeira
Enviado por Patricia Teixeira em 24/05/2011
Código do texto: T2991034
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