CORAÇÕES ENTRELAÇADOS

Seus corações buscavam o amor,

Cristalino como a água do riacho,

Que quando percorre seu leito,

Olha as flores que lhe enfeitam,

E depois num canto dos Anjos,

Despenca na cachoeira mimosa.

Seus sons trazem só suavidades,

E todos se quedam em silêncio,

Pois a natureza quis lhe brindar,

Com todas as belezas das matas,

Flores silvestres para lhe enfeitar,

E um lindo arco-iris lhe acenando.

Nesse ambiente de encantamentos,

Dois jovens um dia ali adentraram,

Querendo desfrutar das belezas,

Sem imaginar que poderiam se amar,

Pois foram buscar só adrenalinas,

Aventuras como nadar em remansos.

Só que num toque e troca de olhares,

Seus corações pulsaram efervescentes,

Pois já anteviam que ali surgiria um amor,

Indescritível, pois seus corpos assim pediam,

E num entrelaçamento trocaram até beijos,

Acentuados depois por entregas totais.

Os corações foram então se entrelaçando,

Pois o amor latente despertou com primor,

E tudo se transformou em sorrisos e beijos,

E passaram a contemplar a natureza em festa,

Como ver a flor se abrindo em pétalas macias,

Absorvendo os perfumes que ela oferecia.

Depois no entardecer sereno já anunciando,

Aguardaram o por do sol que lhes acenou,

E viram as nuvens vaidosas cheias de cores,

Até que o manto da noite então se espalhou,

E as estrelas brilhantes piscaram sem cessar,

Pois a lua enluarada convidou-os para amar.

Corações entrelaçados vivendo infortúnios,

Mesmo nas agruras de tantas ingratidões,

Nunca se separaram de seus belos objetivos,

Que foi viver um amor que jamais se desfez,

Diante de propostas que suas Almas fizeram,

De se amarem mesmo diante das turbulências.

23-05-2011