Arqueiro da noite - prólogo
O navio em chamas vai
pelas reentrâncias do horizonte,
deixando um rastro de corpos que boiam,
meio homens, meio cinzas.
Ao longe o farol se apaga,
e é aquele momento em que as águas
ficam cegas e sem reposta.
No porto de lugar nenhum,
vejo que a vida pode ser estrago,
pode ser carbono,
pode ser nunca mais voltar.