SAUDADES DE UM ANJO

Ainda que o tempo passe

Roubando-me as forças,

Ainda que as noites esfriem

Castigando-me o corpo cansado

Nos açoites da saudade!

De ti meu amor

Eu jamais me esquecerei.

Não esquecerei jamais

O quanto te amei!

E todos os sonhos

Que pensei serem nossos

Quando em segredo me beijavas

Entorpecendo-me os sentidos,

Para sempre eu guardarei.

Não! Eu não a culpo por partir

Deixando-me triste assim!

Como poderia eu culpar um pássaro

Que diante de uma gaiola dourada

Prefere a vastidão do infinito?

Voaste para longe de mim

Levando contigo

O teu sorriso de criança,

Mas deixaste como lembrança

As penas que caíram de tuas asas,

De tuas asas meu anjo querido!

Abner poeta
Enviado por Abner poeta em 23/05/2011
Código do texto: T2987288