TEIMÂNCIA

Buscando em águas de tom escuro,

Cigana sábia das folhas de chá,

Passado, presente e futuro,

Mostrando a quem devo amar.

Borradas figuras em alinhamento,

Formadas pelo resto não bebido,

Passavam diversos pensamentos,

Que antes pareciam esquecidos.

Entre acertos e contrários ditos,

Esperando a resposta da teimância,

Meu medo naquele lábio lido,

Despertava doce esperança.

Quem seria indicada em planta,

Que repousaria nos pós-brotos,

No raso fundo da xícara branca,

Sem dúvida teria o teu rosto.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 22/05/2011
Reeditado em 22/05/2011
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