Porto inseguro...
Há tempos não te escrevo,
Mas o desejo é grande de sempre expressar o que sinto,
Embora minhas palavras quando chegam a ti,
Perdem-se no abismo de teu silêncio.
Quando tua aproximação de mim chegou,
Veio como um mar sereno, tranquilo,
Porém forte e sabendo por aonde ir.
Nem me imagino sem ti,
Nem sei como será deitar em outros braços,
Tocar em outro corpo,
Beijar outra boca,
Nem sei o que é não te ter.
A distância de meu corpo com o teu não é sentida por minha alma,
Por meu pensar,
Meu sonhar...
Tua ausência fica na permanência das lembranças do teu beijo,
Teu falar,
Teu suor...
Lembranças de teu corpo no fogo e desejo do meu...
Lembrar é parte de um viver contínuo...
Permanente.
O que seria então do amor sem a saudade
Sei que o meu querer de ti distanciastes,
Mas na saudade de ti,
Sim! Nessa saudade que não para de crescer,
Que não para de doer estás
”te ver e não te querer, é improvável,
te ter e ter que esquecer, é insuportável, é dor incrível”...
Vou partir,
Mas há um beijo não sentido,
Um abraço não realizado,
Um ...um...e um...e...e.....
Há a falta que me deixas,
A falta que levas de mim,
A falta que deixas de ti,
Teus olhos te traem
Deixando-me descobrir o homem louco
de desejo por mim que há em ti...
Deixando-me olhar além do que possas imaginar,
Além do que me possas mostrar.
Volto a ficar triste em meu silêncio,
O amor que por ti sinto,
Faz-me ver a transparência de tua alma,
E o medo que nela se volta,
Esse medo te esconde de mim,
E por isso abandonas o jardim que da terra sem vida, da terra seca,
Vieste e adubando com teu amor
Fizeste brotar as mais belas e raras flores.
Esse mesmo jardim abandonas agora,
Por medo de se descobrir o Rei,
O mais belo e absoluto dono e Rei...