De como as coisas belas do mundo te descrevem...

As tuas mãos são duas auroras

Que inexplicavelmente coexistem,

E quando elas se expandem sobre o meu corpo,

Aprumam-se em minha nuca...

Eu também não sei explicar!

os teus lábios são o verão e a primavera

Que se unem flor por flor,

Para no inverno aquecer-me com única pétala,

Para sobre minha boca desmaiar um rubro beijo.

E o teus olhos...

Ah, o teu olhar é o céu e o mar:

Limpo, Profundo!

Com um mistério em comum e infinito:

Quanto mais o descubro,

É mais bonito, mais bonito!