LÁGRIMAS

Lágrimas que caem silenciosas

nas faces entristecidas

umedecem tanto o rosto

quanto encharcam a alma

e vão deixando marcas

indeléveis na estrada

do magoado coração.

Em brasa os olhos falam

não a linguagem dos homens

mas a mais nobre e pura

que envereda sentimentos

afora, que extravasa

inundando o recôndito

e se perde no infinito

das emoções profundas.

Em melancolia, então,

tudo se resume e cala

não somente no silêncio

e no mutismo, senão

num clamor surdo e cavo,

numa angústia dolorosa,

na amargura entorpecida,

na dilacerante tristeza

que faz explodir o íntimo

como mil vulcões furiosos.

As lágrimas fluem e brilham

com o brilho da infelicidade

e exclamam os olhos

no seu falar silente

e tristonho.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 22/05/2011
Código do texto: T2985725
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