TELHADO DE VIDRO
Quando me debrucei para ver o tempo
ele não mais navegava sobre o rio.
Vi-o veloz atravessando os ares!
Entre nós um telhado de vidro
Frio, seco, inquebrável.
Sobre ele joguei o calor do meu corpo.
Tentativa vã de destruí-lo!
E a vida seguiu no ritmo frenético do tempo,
indiferente ao meu desejo.