Algoz Do Meu Viver


Quando indagado da absurda decisão

Em tua face abriu-se um riso contente

Limitastes a dizer-me perfeitamente

Perfeitamente... o fim do amor

De décadas de sintonia

Hoje almas em agonia

Confessas-me em prantos

Ser da outra apenas amigo

Que teus desejos compartilharia comigo

Que me quer na tua vida

Deseja-me em tua cama

Tarde demais

Algoz do meu viver

Bem sei pranteias desolado

O tosco desejo realizado

De partir atrás de outra

Acordastes

Preso às teias da mentira

Fingindo amar quem não ama

A ti mesmo que enganas

A vida fugaz não espera

Tempo que se esvai no lamento

Tardio arrependimento

Tua alma em lamentos

Algoz do meu viver

Ao menos se pudesses padecer

Na esperança do amor rever

Se não fosses obrigado a representar

Talvez a vida para ti sorriria

Liberto-me gradativamente

Das amarras do abandono

Sinto a brisa, sinto o mar

Sinto a esperança brilhar

Mais não vejo o amor renascer

Algoz do meu viver
(Ana Stoppa)



Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 21/05/2011
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