MORRER DE AMOR
Quer-se por alma ou em teu semblante, ainda quero a sentir
E vomitar cada pedaço desta prece que me apodrece o peito
Como doença de escárnio frio a quem te amou; putrefez adir,
Que de a mim tira o sono, enquanto dormes no teu velo afoito
Desta carência humana tua, que depressa, desfaz tua face de cera
Onde se vão escorrer de meus versos pobres, sem valor ao que sentia;
E enquanto eu senti teu âmago a lua contava-me a primavera,
Derreando flores e tirando de mim a paixão de tua veste fria.