Macular das Marés

Observando o céu

Numa constante brilhante,

Alço-me em preitos oratórios,

Preces acalantando o peito,

O silêncio do luar!

Clave,

Nota, graviola,

Longas vestes de cetim

Esvoaçando pelo emanar do tempo

Criando em cada toque um tantra

Renascendo em nostalgia!

Por entre as dunas

A flor dos templos rege a sinfônica,

Sublimando versos e delírios,

O lúdico prazer eternizando

A esperança de navegar e navegar

Pelo idílico macular das marés!

No cálice,

És o meu vinho tinto,

Minha Neverland dos gemidos

Contando uma história por beijos

E úmidos elementos

Reagindo ao cosmo da paixão!

Do amor...

És a musa, a menina, a mulher,

A poesia d’alma,

O poema do coração,

Os mares, as terras,

Enfim, o vivo sentimento!

18/05/2011

Porto Alegre - RS