Meu Espelho
Sob meus versos
A noite já caiu um tanto parda,
Mas deixando nas entrelinhas
Instigantes baluartes vagando
Dentre as brisas e a mística
De todo gostar!
Diante do espelho,
O luzeiro fazendo poesia,
Da rubra rosa, do lábio rubro,
O desejo insinuado nos olhos,
Das mãos em confraria com o sonhar!
Apego-me em apelos,
No perfume perpétuo no ar
Me tornando navegante por cartas,
Runas brilhando sobre a seda,
Esculpindo a magia da sedução!
Que seja insensato o ensejo
Desnudando a palavra, o sentimento,
O poema profano escrito pelo amor,
Viajando por dunas e córregos
Sempre renascendo
No gozar da alma em paixão!
17/05/2011
Porto Alegre - RS