ÉRAMOS NÓS
Éramos nós no mar
Da vida
A navegar
E rindo.
E era lindo existir.
E éramos duas mãos dadas
E almas libertadas
No vento da paixão.
As velas estufadas,
A nave sobre as ondas
Em busca de luz.
Sem ti não existia
Nem paz nem alegria
Vivia a vegetar.
Se ria era por pouco,
O riso de um louco
Largado ao rocio.
Um dia tu viestes
E pagaste o resgate:
Livrou-me do seqüestro.
E eu, violinista sem maestro,
Magicamente, presto,
Aprendi novas canções.
E quando o mar surgiu
E me deste a tua mão
Sem medo fui ser
O que outrora nunca fui:
Navegante de mim,
Grumete em teu viver.
E éramos nós
E o mar bravio
A querer nos engolir.
Resistimos a tantas vagas,
A mil procelas infernais.
Chegamos a distantes ilhas,
Abraçamos com os olhos
O litoral dos continentes.
Éramos nós
E parecíamos um só.
Mas
Tudo acabou
E ainda não sei o porquê.
O vento cessou,
O mar acalmou,
E o teu desejo de navegar
Começou a fenecer.
E já não éramos nós.
E já não andávamos
De mãos dadas.
O violino se perdeu nas ondas,
O silêncio cobriu
As músicas e a procela.
Tudo pareceu parar.
E uma ilha atraiu teus olhos.
Um desejo de ser só,
Um desejo de mãos livres.
E me disseste, indolente,
Que foi bom ter vencido
O mar, a tempestade, a distância,
Mas
Uma vitória de Pirro
É só uma derrota disfarçada.
E sumiste.
E eu e o mar
Somos um só agora,
Na agonia de viver
Outro dia sem ti.
Éramos nós no mar
Da vida
A navegar
E rindo.
E era lindo existir.
E éramos duas mãos dadas
E almas libertadas
No vento da paixão.
As velas estufadas,
A nave sobre as ondas
Em busca de luz.
Sem ti não existia
Nem paz nem alegria
Vivia a vegetar.
Se ria era por pouco,
O riso de um louco
Largado ao rocio.
Um dia tu viestes
E pagaste o resgate:
Livrou-me do seqüestro.
E eu, violinista sem maestro,
Magicamente, presto,
Aprendi novas canções.
E quando o mar surgiu
E me deste a tua mão
Sem medo fui ser
O que outrora nunca fui:
Navegante de mim,
Grumete em teu viver.
E éramos nós
E o mar bravio
A querer nos engolir.
Resistimos a tantas vagas,
A mil procelas infernais.
Chegamos a distantes ilhas,
Abraçamos com os olhos
O litoral dos continentes.
Éramos nós
E parecíamos um só.
Mas
Tudo acabou
E ainda não sei o porquê.
O vento cessou,
O mar acalmou,
E o teu desejo de navegar
Começou a fenecer.
E já não éramos nós.
E já não andávamos
De mãos dadas.
O violino se perdeu nas ondas,
O silêncio cobriu
As músicas e a procela.
Tudo pareceu parar.
E uma ilha atraiu teus olhos.
Um desejo de ser só,
Um desejo de mãos livres.
E me disseste, indolente,
Que foi bom ter vencido
O mar, a tempestade, a distância,
Mas
Uma vitória de Pirro
É só uma derrota disfarçada.
E sumiste.
E eu e o mar
Somos um só agora,
Na agonia de viver
Outro dia sem ti.