Disfarçada de amor
Ela se transfigura
Veste-se de seda
Adota a aparência que supõe preferida
Muda a linguagem
Ameniza, submete-se, suaviza...
Enfeita, decora, para encobrir-lhe as falhas,
A bocarra aberta
Os mal feitos e as tralhas
Ela tenta ser terna
Bate asas e pernas
Acolhe críticas
Recolhe-se
Humilha-se
E mais do que tudo: disponibiliza-se
Ela é intensa e compassiva
Ela é a carência afetiva