Rendida
Escuta, de toda a minha essência:
Desculpa se eu sou assim
Fácil, à toa, tão lasciva, quase vulgar
Nem te concedo a deixa da conquista
Mas não sou eu, é a puta dentro de mim.
Sim, uma meretriz gritante
Uma biscate palpável à qualquer gesto
Uma prostituta barata e banal
E eu não omito, manifesto!
Porque sou vítima dela,
Cárcere de tal ser despudorado
Não há santidade, apenas instinto
Atiçar a libido alheio é o meu agrado.
Não tenho culpa se na vida passada
Nasci feito desfrutável
Se me quer, aceita a puta junto
Que ela se tornará amável.