MALTRATO
Quero debruçar em suas coxas/
Sentir a fragrância, me anuncia/
Onde a indecência, me anuncia/
E eu sinto aquela vontade/
de te abraçar o corpo/
Que inteiro se entrega/
E me esfrega o sexo da solidão/
Quero buscar a razão da sua juventude/
Em uma atitude bem serena/
Onde a suprema fonte se anuncia/
E envia em teus sonhos o licor mágico/
Quero ser o trágico em seus minutos/
Onde escuto suas batidas,/
e supero sua juventude/
Numa atitude de amor e repreensão/
Quero me machucar, e maltratar/
Esparramar e contar o suco/
Que me faz viver, que me mata/
Onde posso encontrar/
tamanha gentileza e sutileza/
Onde a realidade me atrai/
E me faz contrair os músculos/
onde digo, amo você/
É mentira, você sabe, eu também/
Mas não podia ser diferente/
e quando eu terminar/
Quero virar para o lado/
E esquecer que te conheci/
Só lembrar do erro no outro dia/
Quando o sol raiar de novo/
E eu reclamar, dizer que não,/
Não existe desculpa para minha culpa/
Que não é sua que você não faz parte/