Céu Salgado
caro filho de sol poente
não sabes que acendes adentro
o querer declarar luz aceita
vontade de afundar contigo
pôr atrás das núvens
lascíveo em céus levianos
levar longe e não voltar
mas pairo, volta o chão
pra mim e mais ninguém
fantasia demais, alma mortal
talvez olhos nem lembrem mais
sorriso aquele que não se esquece
ainda vão no peito, tudo falta
saiba que completa doce dos céus
o salgado das constelações da areia
nada mais agridoce se faz melhor
e por mim, já estás feito,
posto no céu da boca