Visita da sorte
Pela leveza de um assopro, ouço
Ela que chega trajada de azul e branco,
A sorte, ao meu ouvido a sussurrar:
“_Uma sublime obra prima, a ti venho ofertar”
Ouço atentamente, escudo já não uso, refúgio não procuro,
Como outrora fizera por medo
Aceito-te, oh arte celestial com ensejo
Como presente desta, que poucos podem desfrutar
“_Sorte, o que reservaste pra mim?”
Diga-me! Imploro. Desconfio.
Por vê-la na ânsia inquieto-me
Pois o zunido de suas asas não posso escutar
Agradecer-te pra sempre vou, sorte
Pelo feliz dia em que vieste me visitar
Pra me oferecer como dom maior
O de um anjo poder amar