Saint-Saens and the rape

Coração costurado à mão,

soa como acordeon enferrujado,

uma batida para a vida,

outra para o esquecimento.

Coração imerso em absinto,

bêbado e tolo como os palhaços,

cria o poema do aleijado,

consumido pelo estorvo da simetria.

Nunca em uníssono.

Nunca coerente.

Rasgo o peito à faca,

mostro o peito à estranhos,

e está tudo bem,

pois o meu coração é de domínio público.