>Eu Não Denego o Mérito<

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"Quando eu não mais te decantar na poesia"...

Não estarei denegando o mérito que o Altíssimo

Deu-me para ser poeta na alegria e na angústia

Estarei somente retirando a senha do meu coração

Que confiei sem questionamento em tuas mãos.

Vou apagar nas alamedas do pensamento

Todos os documentos de nossas histórias

E todas as informações estarão invalidas

"Quando eu não mais te decantar na poesia"...

É porque eu fiz o possível e o impossível.

Vou seguir o meu caminho no senso de estar vivo

O amor não precisa ser procurado ele é o ar que respiro

Tu ativaste em mim o descaminho que desejaste

Zeraste-me, não me multiplicaste não me aludiste

Louco de amor fiz de te minha iguaria e meu licor.

Nunca deixei a tua taça vazia sem meu vinho

No meu castelo tu foste sempre esplendor

Impiedosamente me destronaste do trono

Foram muitas carruagens que passaram

Por cima dos meus devaneios imaginados.

Naveguei contigo por ilhas em noites enluaradas

Prendeste-me o meu ser no fluxo daquelas águas

No teu corpo desvendei mistério abrandado anseio.

Saberás o quanto te amo...

Só quando os teus olhos não estiverem névoas

Vestida te amei, desvestida te materializei te fecundei amor.

Hoje tão oponente e desvestida de sentimento

E vestida de ressentimento não te reconheço mais

Cerrarei portas e janelas para o primitivo desamor

Mas o amor e a paixão sempre estarão no meu sangue

E me tocará com todo o domínio de suas mandíbulas.

SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 16/05/2011
Reeditado em 16/05/2011
Código do texto: T2973893
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