>Eu Não Denego o Mérito<
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"Quando eu não mais te decantar na poesia"...
Não estarei denegando o mérito que o Altíssimo
Deu-me para ser poeta na alegria e na angústia
Estarei somente retirando a senha do meu coração
Que confiei sem questionamento em tuas mãos.
Vou apagar nas alamedas do pensamento
Todos os documentos de nossas histórias
E todas as informações estarão invalidas
"Quando eu não mais te decantar na poesia"...
É porque eu fiz o possível e o impossível.
Vou seguir o meu caminho no senso de estar vivo
O amor não precisa ser procurado ele é o ar que respiro
Tu ativaste em mim o descaminho que desejaste
Zeraste-me, não me multiplicaste não me aludiste
Louco de amor fiz de te minha iguaria e meu licor.
Nunca deixei a tua taça vazia sem meu vinho
No meu castelo tu foste sempre esplendor
Impiedosamente me destronaste do trono
Foram muitas carruagens que passaram
Por cima dos meus devaneios imaginados.
Naveguei contigo por ilhas em noites enluaradas
Prendeste-me o meu ser no fluxo daquelas águas
No teu corpo desvendei mistério abrandado anseio.
Saberás o quanto te amo...
Só quando os teus olhos não estiverem névoas
Vestida te amei, desvestida te materializei te fecundei amor.
Hoje tão oponente e desvestida de sentimento
E vestida de ressentimento não te reconheço mais
Cerrarei portas e janelas para o primitivo desamor
Mas o amor e a paixão sempre estarão no meu sangue
E me tocará com todo o domínio de suas mandíbulas.