O AMOR NÃO ME ABANDONA

Eu quis versar o meu decreto de nunca mais voltar a te querer

Cegar a sede de te ver, fugir dos teus indícios

E revolucionar meus vícios para de ti não depender

Eu juro que tentei te esquecer e sem esmorecer nos sacrifícios!

Determinei ao coração que procurasse um novo alguém

Que nada me obriga a ser refém de teus supostos atributos

Andei a passos curtos pra evitar que colidíssemos mais além

E achei por bem usar todos os ódios que me fossem justos!

Muitas vezes acordei dizendo pra mim mesmo que nasci mais uma vez

Doando indiferença e surdez ao insistente mantra da saudade

Até me enganei com muita sinceridade, chegando a crer que a perfeição nunca te fez

Ludibriei a própria lucidez pra enlouquecer a sanidade!

Eu cumpri à risca os preceitos das receitas, segui fiel as bulas

Dei-me ao transe das loucuras e quis matar os cacos desse terror

Tentei me permitir um novo amor, tentei andar por outras ruas

Mas todas as esquinas eram tuas e te amando ainda estou!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/05/2011
Reeditado em 20/05/2011
Código do texto: T2973445
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