Octeto branco
É preciso que haja o degelo,
para que aqui se torne um caminho,
para que eu passe um dia.
Por enquanto
o oboé se contorce como uma serpente,
tentando enganar o frio branco.
Ao longe são os soldados,
pintados numa paisagem desagradável,
é a bailarina morrente,
sem nome,
é o meu amor sem rumo,
se chocando contra a idéia de um iceberg.