MINHA POESIA
Poesia que me conduz por caminhos
Nas madrugadas frias e tristonhas
Onde viajo amargurado e sozinho
Na angustia de uma solidão medonha.
Que me faz compor o que nunca imaginei
Projetando ao espaço sideral
O amor que um dia sonhei
Mas que na verdade jamais foi real.
Que me leva ser condenado
Por preconceitos ou hipocrisia
Daqueles que vêem em tudo pecado
Quando sou apenas, escravo da poesia.
Ela invade o meu ser sem licença pedir
Ciumenta, envolvente, dita o que fazer
Entorpece-me com o tema que deseja fluir
Não retornando se por acaso eu esquecer.
Poesia é mutante, transforma-se a todo instante
Erótica, romântica, religiosa, ou apenas uma flor
Uma fabrica de sonhos e gloria dos amantes
Não sei dizer, onde ela termina e começa o amor.