D'où il vient?

Quando em nada esperar

E quando em nada prosseguir

Apostar que és digna de me fazer sorrir

E que desdenhas da solidão junto comigo

Acalenta cristas e marcas de orgulho

Minha costa, o apego

O seguro, a bonança

O desespero necessário

Que só te busca, e só em causa de ti

Ser tua massa carinhosa

Ser teu certo, e teu errado

Quando só nós dois

Aprender meio sem jeito

E decolar os pés em todos os beijos

Avisar do aviso de estar com saudades

Por que tem que ser assim?

E se amar é esperar

Por que ainda é assim?

E se amar for prosseguir

Juro que assim, ou mesmo que difira

Não podemos nos distanciar

E quando bastar eu estar comigo

E estar contigo for também me ter

Terei certeza que tudo é incerto

E que nunca sei onde isso vai dar

Mas pelo menos esse calor

Que regenera sem mastigar

Vai sempre me haver causado …

Me haver mostrado …

De braços dados …

Que amar, ao lado

É uma vontade de estar

De onde ou quando não importa

É só estar, se também estás.

Daniel Sena Pires - D'où il vient? (15/05/2011)