AMAR NA SIMPLICIDADE

O amor não busca castas nem riquezas,

Sendo simples demais para envolvimentos,

Pois se soar nos ouvidos somente sussuros,

Mesmo que leves como plumas ao vento,

Podem se instalar em corações que o buscam,

Bastando para isso ter suas simplicidades.

Não é exigente quando buscado com doçuras,

E se instala mesmo que não tenha pompas,

Tendo como premissa só corações apaixonados,

Pois o que importa são suas intenções serenas,

E pés descalços que querem também amar,

Basta ter seus olhos um tanto umedecidos.

Um dia buscou dois jovens até desesperados,

Que julgavam ser o amor nem tanto receptivo,

Pois pensavam que é prerrogativo de castas,

E diante de respostas que tanto aguardavam,

Ditadas por seus corações já apaixonados,

Seus sentimentos afloraram com intensidades.

Nos segredos que aos poucos foram descobrindo,

Viram que o pôr do sol era um cenário extasiante,

Pois seus fascínios aparecem nas nuvens coloridas,

E quando a noite derrama suas estrelas faiscantes,

A lua vem depois para apaixonar todos os corações,

Desde que sejam receptivos aos apelos que ela manda.

Tantas descobertas foram surgindo num pulsar,

E viram que as flores tem também seus atrativos,

Pois suas pétalas tão macias destilam seus perfumes,

Até que uma criança veio sorrindo e uma derriçou,

E diante de cenário convidativo para um beijo ardente,

Os jovens tão simples aprenderam então o que é amar.

14-05-2011