Deslocado
Noite letárgica, eu procuro na escuridão,
Um rosto belo, saliente de beleza,
E quando percebo tamanha é a natureza,
Em uma breve consulta ao meu rio mental,
Já não sei como lenir,
Este desejo visceral...
Um sarau de imagens invade meus sonhos,
Todas tão dissociadas, porém agradáveis,
Traz-me vislumbres de dias intermináveis,
Tomados de uma estranha magia,
Em que nada importava,
E de tudo se ria...
Pela manhã, uma onda alta,
Despertou-me para o mundo,
Jogou-me para o fundo,
De uma simples realidade,
Este hausto de fantasia,
Doeu mais que a verdade...
Deslocado, entre o azul e verde,
Perdido no ritmo, tento encontrar,
O caminho para enxergar,
Ou o simples sorriso,
Enquanto frio eu espero,
Quando poderei te amar...