Posso poetar ...
Sei...
Se, sei, eu não sei
Mas sei que posso
Poetar cada parte do corpo teu
As cores, como as flores
O cheiro que incomoda qualquer sentido
O olhar que me faz borboletear
Naqueles momentos que ficamos juntas
A devanear sobre a graça do nosso amar
Posso poetar as volúpias e frêmitos
Dos seus vastos e sensuais poros e sussurros
Quase sem querer dizer você disse com arrepios
Os seus desejos de me ter e me querer
Se tudo eu tivesse, tudo eu teria sem deixar
Nada em agonia de querer satisfazer...
Se tudo eu tivesse e pudesse ter
Nada pendente eu deixaria ao te ter.
Posso poetar... Seus suspiros leves
E os alvos que se entretém
Ora em minhas mãos, ora em minha boca...
Quero poetar o seu infinito
O tempo que não será finito entre nós