Ressuscita-me

Como és doce menino, como és pleno de amor em todo teu ser
Bem, eu já tinha provado do teu mel e do teu fel
Mas dessa vez você despertou em mim torrentes da mais pura ousadia
Despertou-me para um lado teu que eu não conhecia, mas já me pertencia
Insaciável
Invado tuas entranhas com toda a minha vida pulsante de amor
Ressuscita-me...
Porque só tu és pleno de tudo que minha alma anseia
Alma como a minha alma:  incessante e torrencial
Menino, ressuscita em mim uma nova vida, uma nova mulher
Tu tens fome de amor, fome de um porto seguro, fome de vida...
Quero saciar esse teu apetite voraz
Tu sabes, quero que tuas muralhas caiam de uma vez
Minhas mãos já fizeram guerra e já fizeram paz
Por ti, empunho minhas armas e sigo para o embate
Luto contra o tudo e contra o nada
Guerreio contra o visível e o invisível
Forças extremas te dominam, mas o que não te pertence se esvai
Ressuscita-me
Porque no fundo, somente a ti quero desse jeito
Nossas almas se fundem, se confundem
Enlaçam-se e transformam as dimensões das nossas vidas
Abraço-te forte, e sinto tua força de homem-menino!
E penso: chegou a hora?
Já não avisto as tuas rústicas muralhas
Vejo apenas as ruínas de tudo que você passou, de tudo que você viveu
E antevejo, enfim, um futuro no brilho dos teus olhos marejados de carinho
Ressuscita-me,  quero apenas viver o que me cabe nessa vida
Junto a ti sou puro amor
Junto a mim,  meu amor por ti é a força transformadora do teu ser
Venha sem medo, sem freios
Juntas, nossas almas aneladas revelam ao Universo:
Ressuscita-nos!



Janna Olliver
Enviado por Janna Olliver em 13/05/2011
Reeditado em 20/10/2011
Código do texto: T2967676
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