Balada do amor jamais vivido.

Ao amor que nunca tive, apenas saudade e a falta.

Falta de tudo, falta de um novo mundo.

Ao amor jamais vivido, mas sempre muito sofrido.

Um coração sangrando como o meu poderá amar?

Serei eu uma semente murcha?

Onde foi parar minha ilusão?

Pois, que ao amor que nunca tive, fica somente o vazio de nunca ter podido meus sentimentos a alguém entregar.

Mas, serei eu apenas uma canção fúnebre?

Serei eu apenas um cacto espeinhento perdido no deserto?

Pois, que eu nunca vivi um amor.

Nunca senti meu coração bater por quase nada, nem por ninguém.

Serei como uma urtiga desprezada no canto de uma horta?

Ou serei eu apenas brasa apagada?

Oh, eu gostaria muito de amar.

Ser amado seria um extâse, mas eu apenas me conformaria em simplesmente em amar.

Somente amar, sem nem mesmo me preocupar em ser correspondido.

Nunca fui realmente amado por ninguém.

Isso me dói um pouco, mas sinceramente não me representa um sofrimento insuportável.

Afinal, eu aprendi a não esperar nada nem do mundo, nem dos outros.

Sim, eu deixei de acreditar no mundo.

Eu perdi a confiança no outro.

Mas, ainda não perdi a fé em mim mesmo.

Talvez por isso, sofra tanto por nunca ter conseguido amar.

Sofro por não amar.

E sofro ainda mais, por pensar que talvez nunca realmente venha a amar.

Eu sou um riso perdido na escuridão das lágrimas?

Sou semente seca lançada no mar?

Ou sou apenas um infeliz que simplesmente não pode, nem nunca poderá amar?

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 12/05/2011
Código do texto: T2966074
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