Clausura

A vastidão das vívidas memórias

ficticiamente funda este vão existencialismo,

as marcas pintadas na pele,

as súplicas na alma esculpidas.

Eis um tempo que circunda

ao redor e através.

A plenitude do insólito que rodeia,

eis a razão que sem tempo anseia.

A contradição que inevitavelmente fere,

a traição onde a dor consola,

o furor que dos poros exala,

enquanto o pensamento me cala.

Perdida está a lógica,

encarcerada nesta órbita.

Sussurre a fórmula do meu exílio.

Livrai-me do amor que em mim expressa,

o curto o tempo que ainda me resta!