SURRA DE AMOR
Não! Não é sangue
O que me faz pulsar o peito!
O que em minhas veias
Lateja agora;
Em lugar do mel
Que um dia suguei
Dos teus lábios,
É o amargo fel
De uma grande dor.
E ate mesmo as rosas
Que espalhei por teus caminhos
Agora me ferem os pés,
Pois se para ti plantei rosas!
Só o que deste por recompensa
Foi esta coroa de espinhos.
É possível meu deus,
Que tanto sofra nesta vida
Um homem apaixonado?
O meu peito é tão pequeno
Para abrigar um tão grande amor!
E de tanto sofrer
Já não sabe mais bater,
Apanha de amor!