Na minha cidade

Na minha cidade, há largas estradas de chão e de concreto

Diariamente vidas passam pra lá e pra cá

Cada uma com seu destino de ida e de volta

Cada qual com suas idéias e seus ideais.

Na minha cidade, o tempo que passa

É o tempo que traga

E na chegada do trem que leva da vida

Uns se vão pelo tempo, já outros pelo vento.

Na minha cidade, a luz insiste em brilhar

Ainda que muitos insistam em apaga-la.

Porém de uns tempos pra cá...

As crianças já não brincam como antes

Os idosos já não aguardam como antes

Os jovens já não sonham como antes

E a vida já não canta como antes.

Na minha cidade, a natureza insiste

O burguês existe

O sol ainda reina

E o mar ainda banha o calçadão.

Já não é a cidade dos sonhos

Mas ainda é...

A minha cidade.