QUANDO O AMOR PEDE LICENÇA

Como se fosse uma brisa tão mansa,

O amor vai procurando as alternâncias,

Um coração sofrido que deixou de amar,

Uma esperança que promete lhe sorrir,

E como uma criança que dorme tão serena,

Busca sómente quem tem suas purezas,

E se houver reciprocidades pede licença,

Se acomodando até ter todas as certezas.

Como um artesão que pega a jóia com arestas,

Com cuidado e carinho vai lhe aprimorando,

Até que vistosa desperta todas as cobiças,

Assim também é o amor quando despertado,

E todas as evidências vão então surgindo,

Até que instalado busca então as seguranças,

Para que as decepções deixem de acontecer,

Situações que causam dores e deixam marcas.

Tendo então um coração doce que lhe acolheu,

Busca com cuidados reciprocidades carinhosas,

Verdadeiras, sem disfarces, surgidas num olhar,

E ternuras como lágrimas surgidas da emoção,

São evidências que um amor sereno então surgiu,

E dois jovens que nunca ficaram apaixonados,

Agora tem motivos para aprimorar seus beijos,

Que lábios ansiosos buscam nos momentos.

O amor é a suprema arte das alternâncias,

Pois lindo e puro nunca traz os dissabores,

E se um dia te procurar e pedir licença,

Acolha-o pois sómente traz delírios e paz,

E seu coração passará a viver em euforias,

Vendo as flores perfumadas de um jardim,

Um lindo pôr do sól pintando as nuvens,

Até a lua surgir e lhe convidar para amar.

11-05-2011